A Retenção de Lucro das Empresas Brasileiras e sua Relação com o Excesso de Confiança
Resumo
Nas diversas metodologias empregadas para mensuração do excesso de confiança, encontra-se a figura do gestor (CEO, CFO etc.) como principal tomador de decisão, ignorando o papel relevante também exercido pelos acionistas por meio de assembleias que definem a destinação do lucro do período. Ao estabelecerem o grau de retenção do lucro, existe a possibilidade dessa decisão ser produto do excesso de confiança sobre o investimento realizado pelo acionista. O objetivo desta pesquisa é sugerir uma forma alternativa de mensurar o excesso de confiança por meio da tomada de decisão dos acionistas no âmbito das empresas que operam no mercado de capitais brasileiro. A partir da possiblidade da mensuração do excesso de confiança sob a perspectiva do acionista, este estudo representa uma possibilidade de comparação das expectativas dos acionistas com as do executivo, avaliando a existência do problema de agência. A amostra é formada pelas empresas ativas listadas na BM&FBovespa (B3) que realizaram operações entre os anos de 2010 e 2018. Foi adotada a premissa, a exemplo de outros estudos, de que as retenções acima da mediana apresentada indicam a presença do excesso de confiança dos sócios. Constatou-se uma baixa oscilação relativa da mediana ao longo do período analisado.
Copyright (c) 2020 Revista Inovar Contábil

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.